Se há o verbo:
Eu mingulo o tempo quimingole
porque caibunele.
Quandé que sou o meu tempo?
Em que parte eu sou meu roteiro?
Se marcho manso ou recuo
eu mingulo.
Mingulo na ignorância
do meu medo quiminorme,
caibunele mesmo grande porque, a tempo,
midiminuindo mintendo.
Só desejo engolir o que não está em mim e isso é raro porque é só.
Mingulirsimilátimilé micabendo é bom,
restringe, esvaziando de significado o que
se busca com tanto desenfreio que desarranja, não acaba bem e não revela.
Meu estado de verdade e lucidez não sou eu quem o produz,
mas em mim se transforma, só por isso eu mingulo.
Mingulo porque o relógio na parede é de mentira.
É pintado e, toda vez que o encaro, mente as horas,
daí, então, eu também mingulo ele.
Bolas brancas sem ponteiros disfarçam a verdade incontida e circular.
Circunscrevendo, me acho
a tempo:
Quero um verbo novo.
Novo sem meu consentimento.
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