sábado, 30 de abril de 2011

do nome

: é uma das primeiras lembranças dos tempos da escola, quando comecei a escrever. Tinha verdadeira fixação pela coisa escrita e às vezes me punha tonto de tanto ler tudo que surgia pela frente... era ler e ouvir, porque na minha cabeça era como uma coisa só, ou quase só: a imagem e o som. Quando não tinha imagem, só som, então eu fabulava. Desde muito pequeno, sempre fabulei, era minha oportunidade de me agarrar ao som do que minha mãe dizia e, na escola, à voz insistente da professora durante o ditado do texto: dois dedos, parágrafo, travessão, na outra linha. Naquele tempo, na minha cabeça, pra mim aquilo era uma coisa só: doisdedosparágrafotravessãonaoutralinha. Com o tempo percebi que tinha razão, érumacoisassó.

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